Por ocasião dos 150 anos da definição do Dogma da Imaculada Conceição de Maria, celebrado no dia 8 de dezembro de 2004, D. Estevão Bettencourt, da Ordem de São Bento, daqui da Arquidiocese do Rio de Janeiro, elaborou um pequeno “folder” no qual, sucintamente, esclarece a sua dúvida.
O Dogma da Imaculada Conceição de Maria professa que Maria Santíssima foi concebida, no seio de Santa Ana, sem o pecado original.
E D. Estevão explica o que é o pecado original: na criança, não é um pecado propriamente dito (pois todo pecado propriamente dito é consciente e voluntário), mas é a ausência dos dons que os primeiros pais receberam no paraíso e perderam.
Pois bem, a fé católica ensina que Maria não foi concebida como as demais criaturas, privada da graça, mas recebeu-a desde o início de sua existência, pois era chamada a ser o tabernáculo de Deus feito homem. Assim, convinha que a Mãe do Verbo encarnado jamais tivesse experimentado o jugo do pecado.
Vamos lembrar que não encontramos explicitamente na Bíblia os fundamentos para essa afirmação dogmática, pois o Novo Testamento não foi escrito para tratar de Maria e sim de Jesus e de sua obra salvífica. Maria aparece como Mãe de Jesus. O Evangelista João afirma que mesmo a respeito de Jesus nem tudo foi escrito, pois o mundo não conteria os livros daí resultantes (cf. Jo 21,24s). Porém, a Bíblia afirma que Maria é cheia de graça e a enaltece acima de todas as mulheres (cf. Lc 1,28.47s).
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