Uma ouvinte pergunta se uma esposa pode continuar comungando quando o marido foi embora, abandonando o lar.
A esposa não pode ser penalizada
com a proibição do seu acesso aos Sacramentos se ela foi
abandonada pelo marido, a não ser que ela tenha sido a causa dessa separação. Nesse caso, deve procurar a orientação e a confissão junto a um sacerdote. Na verdade, sendo ela abandonada pelo marido, seria uma falta de caridade por parte da Igreja aumentar o seu sofrimento excluindo-a da mesa eucarística. Se a esposa não se unir a outra pessoa, pode e deve
continuar a receber os Sacramentos da Igreja e neles encontrar a força para continuar a sua vida.
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Uma ouvinte quer saber porque a Igreja católica não pratica a fogueira santa, como acontece em algumas igrejas evangélicas.
A Igreja Católica tem uma série imensa de sacramentais à sua disposição, que inclui as mais variadas bênçãos, como por exemplo, a Bênção de São Brás, no dia 03 de fevereiro, dado, com velas acesas, às gargantas dos fiéis; há orações de queima de pedidos, orações e intenções; há unções diversas; aspersões; procissões; vias sacras e rosários; vigílias e adorações; louvores e intercessões; isso sem contar os 7 Sacramentos, que são riquezas só encontradas na Igreja católica. No Sábado Santo, chamado de Sábado de Aleluia, há a bênção do fogo, com o qual se acende o Círio Pascal. Analisando as liturgias e ritos da Igreja católica, cada dia eu me admiro mais com a riqueza incomensurável que temos à nossa disposição e que nos levam a uma profunda experiência com Deus. Com tantos sinais maravilhosos em nossa Igreja, procuremos descobrir toda essa riqueza que é característica nossa. Procuremos descobrir aquilo que temos à nossa disposição e não aquilo que não temos e que é realizado por outra Igreja. Somente os Sacramentos, como a Igreja católica os concebe, já seriam suficientes para fazermos a experiência do divino; no entanto, a Igreja ainda nos oferece centenas de sinais sacramentais que nos auxiliam na nossa caminhada. Vamos, portanto, valorizar aquilo que é nosso e não copiar o que é dos outros.
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Uma ouvinte pergunta o que fazer com uma Bíblia quando já está velha e rasgada.
Depende do real estado da sua
Bíblia. Há a opção de mandar reencaderná-la ou doar para alguma Igreja
para ser utilizada na Catequese, onde muitas crianças e jovens não têm
condições, muitas vezes, de adquirir uma Bíblia. Se o estado da Bíblia for
realmente lastimável e sem condições de restauração, assim como a gente faz com
as imagens dos santos que se quebraram, pode-se enterrá-la no quintal ou no jardim ou em outro terreno; assim, a natureza se encarregará
de incorporá-la à terra.
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Uma ouvinte pergunta onde fica o nosso espírito, quando morremos, até o julgamento final.
Mais de uma vez já dissemos que o conceito de tempo e espaço é físico e, portanto, desse mundo. Na eternidade não há tempo nem lugar (espaço). Assim, não podemos afirmar que exista um local em que aguardaremos o julgamento final e nem quanto tempo o aguardaremos. Tudo aquilo a que nos referimos em relação à vida eterna e ao céu é a partir da nossa experiência física, é tudo analogia em relação à nossa realidade. Sei que é complicado de entender. Por não haver tempo ou local na eternidade, o julgamento final aconteceria imediatamente após a nossa morte, isso segundo os nossos critérios humanos e, ao mesmo tempo, ao final da história humana. É uma questão filosófica e teológica muito complexa.
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Uma ouvinte pergunta o que se comemora no dia 25 de março.
Exatamente 9 meses antes do nascimento de Jesus, que chamamos de Festa do Natal, a Igreja celebra no dia 25 de março a concepção de Jesus no ventre de Nossa Senhora, após o sim que Maria dá ao anúncio do Anjo Gabriel. O nome dessa festa é “Anunciação do Senhor”.
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Uma ouvinte pergunta por que a Igreja católica não divulga os milagres acontecidos, como na Itália, em que uma hóstia se transformou em carne (músculo do coração).
A Igreja divulga, sim, os diversos milagres que acontecem pelo mundo, não apenas os milagres eucarísticos, como é o caso desse que você menciona, acontecido na cidade italiana de Lanciano, onde existe um belo santuário; mas também outros milagres, como os que estão comprovados em Lourdes, onde Nossa Senhora apareceu a Santa Bernadete em 1858; e os milagres exigidos como um dos critérios para a beatificação e a canonização de cristãos que morreram com fama de santidade. Porém, assim como Jesus proibia que as pessoas espalhassem os milagres que ele realizava, a Igreja não coloca o milagre em primeiro lugar: o principal é a acolher com fé a Palavra de Deus e colocá-la em prática; Jesus ensinou que não devemos nos converter pelos milagres, mas pela Palavra que ele pregou e que continua sendo pregada pela Igreja. O milagre é apenas um sinal da força da Palavra de Deus e da realidade transcendente de Seu Reino.
Uma leitora pergunta o significado da palavra “anjo” e como e porque o diabo foi criado.
A palavra “anjo” significa “mensageiro”. Assim, o anjo é um mensageiro
de Deus enviado para comunicar algo à humanidade ou para ajudá-la. Quanto ao
diabo, não há muito o que afirmar. A tradição cristã ensina que satanás era um
anjo de Deus que se rebelou contra o Criador. Assim, não foi criado para ser
diabo, mas anjo do Senhor.
Um ouvinte quer saber se é verdade que Jesus curou a sogra de Pedro, conforme narra o Evangelho.
A Sagrada Escritura, embora contenha vários livros ditos históricos, não é um livro de história e sua preocupação não é realizar um registro histórico, mas a experiência que o povo de Israel e as primeiras comunidades cristãs fazem com Deus e com Jesus Cristo, no caso das comunidades cristãs. Não podemos afirmar categoricamente que Jesus curou a sogra de Pedro, ou se é uma imagem ou metáfora, como também não podemos afirmar que ele não o fez. A narrativa está presente no Evangelho e é a única fonte que temos do registro do fato.
No entanto, a nossa experiência de fé tem mostrado que os milagres existem e, portanto, é perfeitamente possível que essa cura da sogra de Pedro tenha de fato acontecido, assim como outros milagres narradas nos Evangelhos.
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Uma ouvinte pergunta se uma pessoa que cometeu pecado grave deve se confessar com o padre ou apenas diretamente com Deus.
Segundo nos ensina o Catecismo da
Igreja Católica, foi dando o Espírito Santo a seus apóstolos que Cristo
ressuscitado lhes conferiu seu próprio poder divino de perdoar pecados:
“recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, estes lhes
serão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (Jo 20,
22-23). Portanto, o Sacramento da Confissão, dado à Igreja pelo próprio
Cristo, confere aos sacerdotes o mesmo poder de Cristo para perdoar os pecados.
Para o católico, a confissão sacramental, ou seja, aquela feita individualmente
com o padre é necessária regularmente e sempre que se comete um pecado grave,
para que possa se reconciliar com Deus e com a Igreja. A confissão diretamente
com Deus não é sacramental e não produz a mesma eficácia da confissão
sacramental.
Uma ouvinte, refletindo sobre a maturidade, pergunta por que os seminaristas ingressam tão cedo no seminário.
Após o término
do Segundo Grau ou Ensino Médio, os candidatos ao Sacerdócio já podem ingressar no Seminário,
no curso de Filosofia, ou, como acontece em várias dioceses, no Seminário Propedêutico, que é uma etapa que antecede a entrada no Seminário Maior. É a mesma idade com que os jovens que escolheram outras
vocações ingressam na faculdade. A maturidade vem com a idade e a experiência,
tanto para os seminaristas como para outras vocações. Entre o início dos estudos
acadêmicos e a ordenação passam-se, em média, 8 anos. Mas essa não é a regra,
havendo muitos seminaristas que ingressam no Seminário com idade mais avançada,
com uma bagagem de experiência de vida muito maior. Qual é a melhor opção:
ingressar cedo ou mais tarde? Ambas têm suas vantagens; porém o melhor é
ingressar no Seminário quando a vocação está bem discernida, seja com 18 anos
ou com 40.
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