Um ouvinte pede esclarecimento sobre o culto a santos e imagens pela Igreja católica.


A Igreja católica admite imagens enquanto presta culto aos santos e santas, lembrando a todos nós as virtudes que receberam e praticaram durante a vida, sendo fiéis aos dons que receberam de Deus. A Igreja nos ensina que podemos prestar culto à pessoa que a imagem representa e venerar as imagens como se venera uma fotografia de um ente querido ou a estátua de uma pessoa célebre. Mas a Igreja nos ensina que não devemos adorar imagens. Só a Deus se deve adorar. O santo é criatura e, por isso, só o podemos venerar, respeitar e honrar. Pelas virtudes que praticou na vida, na imitação e seguimento de Jesus Cristo, tornou-se exemplo de vida cristã. Meditando a vida dos santos, vemos que foram humanos como nós, com as mesmas fraquezas nossas; e se eles conseguiram força em Deus para levar uma vida cristã exemplar, nós também podemos conseguir. Deus proibiu, no Antigo Testamento, que o povo fizesse imagens (cf. Ex 20, 4-6), porque esse povo estava vivendo no meio de falsos deuses e poderia facilmente cair na tentação da idolatria. Mas Deus, ainda no Antigo Testamento, mandou que se fizessem algumas imagens: mandou Moisés fazer 2 querubins de ouro (portanto, imagens), que tinham as suas asas estendidas sobre a arca da Aliança (cf. Ex 25, 18-23). Deus pediu ao mesmo Moisés que fizesse uma serpente de bronze (portanto uma imagem, uma escultura) e a fixasse na ponta de uma haste para que os que fossem mordidos por uma serpente, ao olhar para essa imagem, conservar a vida (cf. Nm 21-8-9). Assim, podemos concluir que Deus não proíbe imagens religiosas. Deus proíbe que a representação figurada seja objeto de adoração. Voltando à veneração dos santos, essa em nada diminui a soberania do Senhor Jesus, nosso único mediador (cf. 1Tm 1,5). A Carta aos Hebreus apresenta Jesus como único Salvador, o único mediador entre Deus e os homens. Frente à pessoa e à vida de Jesus, todas as instituições e estruturas religiosas ou civis têm caráter relativo e provisório. Nessa mesma carta, os personagens bíblicos são colocados como modelos de fé no Deus único e verdadeiro (cf. Hb 11).

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